Ponte
Rio-Niterói

A Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte Rio–Niterói, é um belo e majestoso conjunto arquitetônico que nasceu como a terceira maior ponte do mundo!

Foi construída à época para conectar duas unidades da federação (Estado da Guanabara/BR-101- Av. Brasil e o Estado do Rio de Janeiro/Av. do Contorno) através de três segmentos: o Acesso Rio de Janeiro, o Trecho sobre o Mar e o Acesso Niterói, com dezoito rampas, sendo oito em viadutos.

CRÉDITOS: PESQUISA - N30Pesquisas / CONSULTORIA - Carlos Henrique Siqueira / RIOCON Consultoria e Engenharia.

Linha do Tempo

Linha do Tempo

1763

1763

A capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.

1817

1817

D. João VI concedeu aos ingleses William Spencer e Charles Nicoll o privilégio de exploração de barcas a vapor pela Baía de Guanabara.

1835

1835

O primeiro serviço de transporte regular entre o Rio e Niterói passou a ser feito por barcas a vapor inglesas da Companhia de Navegação de Niterói, com capacidade para cerca de 200 pessoas.
As viagens eram feitas de hora em hora, com duração de 30 minutos.

1876

1876

Em 4 de março, o decreto nº 6138 de D. Pedro II concedeu a Hamilton Lindsay Bucknall o privilégio por 50 anos para a “construção, uso e gozo de um túnel submarino e estrada de ferro” que comunicasse a capital do Império com a cidade de “Nictheroy”.
O túnel seria construído com chapas de ferro ou aço e teria de 5 a 6 m de diâmetro e 5 m de altura. Dois anos depois, Lindsay publicou em Londres o projeto “A Search for Fortune”, mas não conseguiu financiamento para executar o empreendimento.

1932

1932

Surgiram dois projetos de pontes pênseis, um de autoria do engenheiro Cornélio Cezar Hauer e outro do engenheiro Mello Marques. Este último se propunha a ligar o Calabouço (na capital do Brasil) a Gragoatá (em Niterói), mas os responsáveis pelos segmentos rodoviários da época julgaram mais conveniente fazer um túnel submerso.

1935

1935

O arquiteto francês Leon Descofier Vandôme concebeu um projeto de concreto armado com vários níveis, que serviria para a ponte rodoviária entre os dois municípios e também para a inserção de edifícios comerciais e área de lazer, com teatros e restaurantes.

1943

1943

O deputado Duarte de Oliveira defendeu a construção de uma ponte tendo como bases extremas os pontos do Gragoatá, em Niterói, e o Calabouço, no Rio de Janeiro. Mas não conseguiu convencer a maioria das autoridades, que preferiam um túnel.

1952

1952

O Congresso Nacional aprovou e tornou pública a lei n° 1793, que autorizou o lançamento de uma licitação para construir o túnel entre o Rio de Janeiro e Niterói. A obra seria edificada sob o regime de concessão.

1953

1953

O Ministério de Viação e Obras Públicas assinou contrato com a empresa francesa “Études et Entreprises” para elaborar o projeto do túnel subaquático que ligaria a Praça Mauá (no centro do Distrito Federal) à Avenida Feliciano Sodré (em Niterói), com 6.105 m de extensão. A opção Gragoatá-Calabouço foi abandonada devido à proximidade com a pista do Aeroporto Santos Dumont.

1957

1957

O Congresso Nacional aprovou em outubro a Lei n° 3.273, que fixou a mudança da Capital da União para o novo Distrito Federal, no Planalto Central do País, em 1960.

1959

1959

O governo brasileiro promulgou em novembro o Decreto n° 47.168, que permitiu a abertura de nova licitação para construção e exploração de um túnel entre os dois municípios, válida para empresas nacionais e internacionais.

1960

1960

A capital federal foi transferida do Rio de Janeiro para Brasília em 21 de abril. Há, nos registros, o presidente Juscelino Kubitschek tomando um café com os “candangos” (trabalhadores que construíram a cidade planejada) e uma cena do dia da inauguração da nova capital.

1961

1961

As propostas para a construção do tão sonhado túnel foram abertas em junho.
Mas como só a firma portenha Sailav apresentou proposição de um traçado que ligaria Gragoatá ao Calabouço (com comprimento de 2.600 m sob a água e extensão total de 3.600 m), a Comissão de Licitação sugeriu anular
a concorrência.

1963

1963

O Departamento Nacional de Estradas e Rodagem anulou, em 7 de março, a licitação para a construção e exploração do túnel entre Rio e Niterói, pois considerou que a empresa Sailav não estava capacitada.
Em dezembro do mesmo ano, o Conselho Nacional de Transportes criou uma comissão para análise e estudo da ligação entre as duas cidades. Pela primeira vez, a opção da ponte ganhou maior atenção.

1965

1965

Em 5 de fevereiro, a portaria n° 5 instituiu um grupo formado por representantes do Ministério de Viação e Obras Públicas, do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, do Estado Maior das Forças Armadas e dos Governos dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. A comissão apresentou um parecer no final do mesmo ano, base para o governo criar a Comissão Executiva da Ponte Rio-Niterói.

1966

1966

O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem lançou a publicação “Ponte Rio-Niterói”.

1967

1967

Em 4 de julho, após licitação internacional, o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem assinou contrato com o consórcio formado por 4 empresas, entre brasileiras e estrangeiras. As companhias nacionais elaboraram um estudo de viabilidade técnica, cabendo a cada empresa trechos em concreto, serviços elétricos, as infra e mesoestrutura de sustentação e estudos referentes ao tráfego.

1968

1968

Em 23 de agosto foi publicado o edital de concorrência para a construção da Ponte Rio-Niterói.
Em 24 de outubro ocorreu a licitação, cujo vencedor foi o Consórcio Construtor Rio-Niterói.
Em 9 de novembro o Ministro dos Transportes, Cel. Mário David Andreazza, lançou a pedra fundamental da Ponte Rio-Niterói, com a presença da Rainha Elizabeth II e do Príncipe Phillip, Duque de Edimburgo.

1969

1969

Em 9 de janeiro iniciou-se a construção da Ponte com a participação de centenas de engenheiros, técnicos e operários e a mobilização dos equipamentos chamados “ilhas flutuantes” para a confecção das fundações do Trecho sobre o Mar.

1970

1970

As cenas mostram a construção dos tubulões que seriam preenchidos em seguida por concreto submerso por alguns dos 10 mil trabalhadores que atuaram na obra. Esse processo se repetiu nos anos seguintes da construção, nos 103 pilares duplos do trecho marítimo da Ponte.

1971

1971

Fase de edificação do Trecho sobre o Mar, a partir das primeiras aduelas de apoio. As peças eram fabricadas na Ilha do Fundão e transportadas em uma balsa. Em 27 de abril foi criada a ECEX-Sociedade Anônima Empresa de Construção e Exploração da Ponte Presidente Costa e Silva. Após a inauguração da Ponte, ela se tornou Empresa de Engenharia e Construção de Obras Especiais, vinculada ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem.

1972

1972

Início da construção da praça do pedágio em Niterói. Para permitir a passagem de embarcações de grande porte, foi necessário construir um vão de 300 m – o maior vão livre do mundo em viga reta contínua – e dois adjacentes de 200 m cada, com 60 m de altura sobre o nível médio do mar.

1973

1973

Fundações e pilares avançaram pela baía entre 1969 e meados de 1973, resultando em 1.138 tubulões, que sustentam 103 pares de pilares no Trecho sobre o Mar.

1974

1974

A Ponte foi construída simultaneamente de Niterói para o Rio e do Rio para Niterói.
O Ministro dos Transportes, Mário Andreazza, fez questão de visitar a construção assim que os dois trechos se encontraram no vão central. Em fevereiro foram feitos testes de carga com caminhões para comprovar, na prática, as premissas teóricas do projeto.