Modernidade

Os territórios além Atlântico, entre eles o Brasil, entraram para a órbita do Ocidente em um período de profundas transformações.

A conquista de novas colônias pelos europeus, o fortalecimento do comércio e das moedas, a expansão da burguesia, a centralização política e a mudança na circulação de ideias propiciada pela máquina tipográfica materializaram uma nova concepção de mundo, que considera o ser humano como o centro do universo: o Antropocentrismo.

Nesse momento de transição entre o mundo da imprecisão e o mundo "moderno", cosmogonias antigas – teorias e histórias sobre a criação do universo e o sentido da vida humana – estruturaram novos caminhos.

Estudos anatômicos de Leonardo Da Vinci. No desenho se destaca a representação do feto dentro do útero. O homem, em vez de Deus, passava a ocupar o centro das atenções.

EMBRIÃO, Leonardo Da Vinci, 1510 Desenho / Reprodução.
Original da Biblioteca Real do Castelo de Windsor, Inglaterra.

Cientistas como Copérnico, Galileu e Kepler ajudaram a compreender os fenômenos da natureza pela própria natureza, e não mais por vontade divina. A gravura do século XVII mostra a representação do sistema heliocêntrico copernicano.

[Prancha do Atlas Universal Harmonia Macrocósmica], Andreas Cellarius, 1661. Gravura / Reprodução.

No famoso quadro é possível verificar várias referências à razão áurea, presente na sequência de Fibonacci: o tão “perseguido” Phi (aproximadamente 1,618…), que está presente em vários elementos da natureza e da arte.

MONA LISA ou LA GIOCONDA, Leonardo Da Vinci, 1503-1506. Pintura / Reprodução.
Museu do Louvre, França.

Proporção Áurea


Sábios antigos diziam haver uma conexão oculta entre todas as coisas, mas não conseguiam comprovar. Até que o arquiteto grego Fídias [480 a.C-430 a.C] descobriu uma proporção geométrica que parecia ser o segredo da harmonia e do equilíbrio perfeito: a chamada proporção áurea.

Também conhecida como proporção divina, ou número de ouro, foi usada em inúmeras obras da música, pintura e escultura e em edificações de diversas culturas e épocas: em Stonehenge (3500 a.C.), nas pirâmides (2250 a.C.), em Notre Dame (1163) e na sede da ONU (1948).

Representada pelo número Phi (irracional, com infinitas casas decimais: 1,6180339887...), ela descreve um padrão de crescimento que mantém o equilíbrio durante os processos dinâmicos de evolução na natureza. Como acontece em uma planta, que cresce sem se desequilibrar, com todas as suas folhas recebendo luz e chuva. Ela também está presente, por exemplo, no corpo humano, no alinhamento dos planetas, no formato das galáxias, nas estrelas do mar, nas ondas, nos girassóis e nos tornados.